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Nova profissão: Blogueiro e Youtuber

  • Thaís Mariquito
  • 30 de nov. de 2017
  • 3 min de leitura

(Foto: Victor Alexsander / Mega Studio)

Nos fundos de uma sorveteria, em pleno Halloween, estavam cerca de 40 pessoas. Quase todas desconhecidas, com diversas idades, gostos e estilos. Aquele encontro seria improvável em outros tempos, mas a internet mudou de vez essa realidade.

Produtores de conteúdo, influenciadores, criadores... os nomes para esse grupo de pessoas são muitos. Mas todas elas têm em comum serem inquietas, sempre com algo a dizer e a necessidade de se expressar. E encontraram na internet o espaço perfeito para se colocarem para o mundo, através de textos, vídeos e fotos.O Encontro de Blogueiros e Youtubers de Juiz de Fora foi idealizado pelas blogueiras Helena Gomes de Sá, do blog Garotas Rosa Choque, e Camila Villas, do Blog da Cah, e acontece há três anos. “A gente sentia falta de alguma coisa que unisse os produtores de conteúdo daqui. A ideia principal era conhecer novas pessoas, que fazem a mesma coisa que a gente, e também fortalecer esse nicho”, conta Helena.

Camilla Villas, do Blog da Cah, e Helena Gomes de Sá, do blog Garotas Rosa Choque, são as organizadoras do evento (Foto: Victor Alexsander / Mega Studio)

Além disso, o objetivo era promover uma rede de pessoas que se ajudam, como explica Camila: “Tem muitas pessoas bacanas produzindo conteúdo em Juiz de Fora e, com esse encontro, elas podem entrevistar umas às outras ou mesmo pensar em ações em conjunto com alguma marca”.

Para as marcas, as vantagens de falar com esse público são inúmeras. “Os influenciadores conversam com o público de uma forma que nenhum artista e muito menos peça publicitária consegue. Eles falam para a câmera do celular como se estivessem conversando com seus amigos, dão dicas, fazem reclamações e mostram seu dia a dia comum”, explica a assessora de imprensa e social media Helen Lima.

Diversas marcas da cidade, inclusive, demonstraram apoio ao encontro. Um kit foi montado pelas duas organizadoras com brindes para todos os presentes, incluindo cerveja, doces e vouchers. Isso, inclusive, estimulou outros encontros do grupo nas semanas seguintes, para gastarem juntos os vouchers em bares e restaurantes da cidade e fortalecerem os laços estabelecidos no encontro.

O casal Mariana Alcântara e Giordano Bruno se conheceu na primeira edição do Encontro (Foto: Victor Alexsander / Mega Studio)

As amigas Maristela Rosa e Natália Romualdo já foram ao evento duas vezes e acham muito importante que ele aconteça. “A gente fica muito tempo só dentro do nosso mundo e esquece que têm muitas outras pessoas produzindo conteúdo como a gente e na mesma cidade”, explica Natália.

Elas fazem juntas o canal Papo de Preta, em que falam de negritude e as vivências de mulheres negras. “A gente estava conversando sobre a faculdade e eu tive a ideia de falar sobre a mulher negra e todas essas questões”, conta Maristela. “Nós nem sabíamos muito bem o que fazer, então nós fomos desenhando como seria.”

As duas são formadas em Jornalismo e contam que ter um espaço para suas opiniões na internet foi fundamental: “Na internet a gente não teria nenhuma barreira, nem alguém dizendo o que ou como fazer. A gente tinha aquele espaço para fazer o que quisesse e alcançando pessoas que a gente nunca imaginou que alcançaria”, afirma Maristela.

“A internet é um espaço livre que as pessoas têm para falar”, concorda Camila. “É muito mais fácil montar um site do que conseguir entrar em uma rádio ou TV para mostrar a sua opinião. É um espaço aberto e que qualquer pessoa pode entrar”.

Para Natália, produzir conteúdo para a internet ainda tem outra grande vantagem: “Você pode fazer com o que você tem. Se só tem um celular, grava com o celular; se tem uma câmera, você usa essa câmera. Ela é muito democrática nesse sentido”.

Mas um dos principais desafios é superar os preconceitos com a profissão e se fazer notar em meio a tantas pessoas querendo ser parte desse meio. “Eu acredito que, atualmente, todos que têm alguma rede social são, de alguma forma, influenciadores.”, explica Helena. “O que diferencia é quem realmente produz e cria algum conteúdo original seu para a internet. É isso que distingue um pouco dos que estão só mostrando seu estilo de vida no Instagram”.

 
 
 

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Desenvolvido pelas alunas Thaís, Mayara, Yasmin e Isys como uma atividade do curso de Jornalismo da UFJF, esse portal tem como objetivo informar e propor debates acerca de temas atuais e relevantes para a sociedade. O nome remete às famosas hashtags presentes no cotidiano das pessoas que estão conectadas através de diferentes plataformas de mídia na internet.

*Trabalho da disciplina "Mergulhão de Hipermídia". Professores responsáveis: Flávio Lins e Wendell Guiducci.

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